quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Açoita Cavalo


O açoita cavalo, Luehea divaricata, família botânica, Malvaceae, é uma espécie pioneira, de crescimento rápido, facilmente encontrada nos remanescente florestais braseiros.

Outro dia, visitando uma loja de móveis, me chamou a atenção uma cadeira preta e perguntei qual era a madeira. Foi dito que era de açoita cavalo e que estava sendo muito utilizada em móveis de alto padrão de design, devido a sua flexibilidade, facilitando curvas e outros detalhes.

Além disto, está espécie é ornamental, apícola, pode ser utilizada para celulose, papel, óleo essencial, resina, alimento para animais. Na medicina popular é usada contra reumatismo, disenteria e úlceras. Estas informações foram obtidas do livro do engenheiro florestal Paulo Ernani Carvalho, aposentado da Embrapa e que foi grande defensor e incentivador da pesquisa e uso de espécies nativas.

Infelizmente, há pouca pesquisa e desenvolvimento de tecnologia a partir das espécies nativas brasileiras, sendo assim, um contra senso, considerando que o país detém a maior biodiversidade do planeta.



quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Bate papo, no Café Babette, com escritoras de Curitiba sobre biomas, ecossistemas, dinâmica e relações ecológicas


A Joema Carvalho, engenheira florestal, doutora em conservação da natureza - ecologia, sócio-diretora da Elo Soluções Sustentáveis, participou de um bate papo, no Café Babette, com escritoras de Curitiba.
O encontro visou a troca de informações sobre sobre biomas, ecossistemas, dinâmica e relações ecológicas, considerando recursos naturais como fonte de inspiração para obras literárias e artísticas.
O Brasil apresenta a maior diversidade de formas de vida e de ambientes naturais do planeta, mas estes recursos ainda são pouco explorados enquanto inspiração literária e artística.
Alguns exemplos como Grandes Sertões Veredas de Guimarães Rosa no cerrado; o quadro Abaporu da Tarsila do Amaral, Alto da Compadecida de Ariano Suassuna, Hoje é dia de Maria de Luiz Fernando Carvalho, na caatinga,; O Sítio do Pipa Pau Amarelo e A Missão, na Estacional Semi-decidual; O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo, no bioma pampa do Rio Grande do Sul; Brincando nos Campos do Senhor de Héctor Babenco e Rio de Carlos Saldanha na Floresta Amazônica e a Muralha na Floresta Atlântica, Capitães de Areia de Jorge Amado nas dunas e restinga são exemplos que aproveitaram elementos e a paisagem nacional.

Com raríssimas exceções, os primeiros contatos das crianças brasileiras são com as florestas europeias e / ou africanas e / ou polo norte, através de contos de fadas como Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida, Branca de Neve e outras histórias como Simba, Pingu, Happy Feet, Papai Noel, sendo assim, é comum os animais exóticos, típicos de outros continentes, como urso, leão, lobo, elefante, pinguim, foca, orca, serem mais comuns do que os que temos no país, como onça pintada, mico leão dourado, cateto, tamanduá bandeira, grimpeirinho, peixe-boi, tucano, tiê-sangue, boto rosa, tuiuiú, entre tantos outros. diante deste contexto, não se cultiva a referência sobre a nossa biodiversidade ou sobre o nosso sentido de pertencimento ou sobre a nossa conexão com os elementos nacionais.

A literatura e a arte tocam de forma integral os sentidos e os sentimentos das pessoas, sendo uma excelente ferramenta para a sensibilização destes valores nacionais e a necessidade de preservação dos patrimônios naturais. Desta forma, os escritores e artistas, são formadores de opinião, mas que precisam de informações e elementos no seu processo criativo.




quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Avaliação Econômica de Povoamentos Florestais

Realizando avaliação econômica de povoamentos florestais, implantados na época do incentivo fiscal, décadas de 70 e 80.




quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Iniciando monitoramento de Plano de Recuperação de Área Degradada.

Iniciando monitoramento de Plano de Recuperação de Área Degradada.
A meta é a recuperação do sub-bosque. O local é declivoso e está com baixa ciclagem de nutrientes.
O desafio é recuperar a dinâmica da ciclagem de nutrientes e o resto será consequência!





domingo, 21 de julho de 2019

QUE ESPÉCIE DE ÁRVORE DEVE SER PLANTADA?


QUE ESPÉCIE DE ÁRVORE DEVE SER PLANTADA?

DEPENDE!!!!

Dra. Joema Carvalho, engenheira florestal
Sócio-diretora da Elo Soluções Sustentáveis


As árvores são instrumentos fantásticos para a qualidade de vida dentro das cidades, considerando os seus inúmeros benefícios em relação ao controle da poluição atmosférica, sonora e visual, porém, se não forem obedecidos critérios técnicos na escolha da espécie, local de plantio e monitoramento do seu desenvolvimento, ela irá gerar problemas graves dentro dos centros urbanos, comprometendo infraestrutura e construções, colocando em risco, a vida de pessoas.

Então...que árvore plantar?

Considerando o Brasil, de acordo com o mapa Fitogeográfico do Brasil (IBGE, 2012), mapa da distribuição da vegetação (figura abaixo), verifica-se no território nacional a Floresta Amazônica, a Floresta Atlântica, as Florestas Estacionais Semidecidual e Decidual, a Floresta com Araucária, a Estepe (Caatinga e Cerrado), tipologias vegetais distribuídas no país em função das coordenadas geográficas, que estão diretamente relacionadas a incidência dos raios solares no planeta, a temperatura e a outros fatores atmosféricos.

As  Floresta Atlântica, Estacionais Semidecidual e Decidual e com Araucária fazem parte do Bioma Mata Atlântica, mas são muito distintas em relação a biodiversidade e a estrutura da floresta, por isto foram citadas (Figura abaixo).

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Existem árvores que possuem ampla área de distribuição geográfica, como a pitanga (Eugenia uniflora, Myrtaceae), outras são endêmicas ou exclusivas, ocorrendo assim, em uma única tipologia vegetal, como a araucária (Araucaria angustifolia, Araucariaceae), na Floresta com Araucária, o mogno (Swietenia macrophylla, Meliaceae), na Floresta Amazônica e a peroba (Aspidosperma polyneuron, Apocynaceae), na Estacional. Obviamente, espécies típicas de uma determinada tipologia, terão maior facilidade de adaptação se forem plantadas no seu local de origem.

Se considerar espécies de outros países, deve-se observar, o local de origem, como exemplo, espécies originárias da China, Japão, Europa, Canadá e norte dos EUA, são de locais frios, possivelmente, terão dificuldades de adaptação em locais quentes, como região norte, nordeste e central do país. Deve-se preferir, espécies de origem africana, por exemplo.

Importante considerar se o espaço disponível para o plantio é suficiente para uma determinada espécie. De um modo geral, existem árvores de pequeno (< 5 m), médio (5 m - 10 m) e grande porte (> 10 m). A muda, tão pequena, é propaganda enganosa....ela vai crescer!!! Pense que em área urbana, exitem fiações, tubulações, construções, vizinhos....diversos fatores que podem, futuramente, entrar em conflito com a árvore. Sendo assim, para uma árvore de pequeno porte, pode-se considerar um raio de plantio em torno de 2,5 m, para a de médio porte 5 m e para a de grande porte, raio superior a 10 m. O que esta abaixo do solo, é proporcional ao que está em cima.

Existem árvores que são exigentes de luz (angico ou gurucaia - Parapiptadenia rigida, Leguminosae), outras que se desenvolvem na sombra (a pitanga, pode ser plantada em local sombreado) e aquelas que, enquanto jovens, precisam de sombra e com o seu desenvolvimento, posteriormente, buscam o sol (araucária, cedro rosa - Cedrela fissillis, Meliaceae). Esta característica, também condiciona o local de plantio. Além disto, existem árvores, que se adaptam a umidade e outras não. Como exemplo, a corticeira do banhado (Erythrina crysta-galli, Leguminosae), é típica de banhado, logo irá tolerar locais mais úmidos.

Em uma consultoria, avaliando uma árvore, o cliente comentou: "Nós quisemos plantar, mas não imaginávamos que iria ficar tão grande"!!!!. Um angico, com altura em torno de 30 m, plantada em uma residência em um bairro central, rachou toda a edicula e a tubulação da rede de esgoto.

Outra situação, uma árvore tombada como Patrimônio do Estado, em torno de 35 m de altura, quase centenária, com cinco troncos e, um deles caiu sobre uma das torres do condomínio onde havia sido plantada, décadas antes do mesmo existir. Neste caso, a urbanização pressionou a árvore, a movimentação do terreno em função das construções, possivelmente, comprometeu o estado fitossanitário da mesma. Estava, totalmente, oca por dentro devido a podridão. Por sorte, não houve danos nas construções e acidentes com pessoas.



Uma árvore possui o tamanho igual ou superior a de um dinossauro!!! O temível Tiranossauro rex possui em torno de 7 m de altura, equivalente a uma árvore de médio porte. Considerando os maiores dinossauros do planeta, verifica-se Supersaurus viviane com 34 m, Sauroposeidon proteles com 17 m,  Argentinossaurus com 22 - 34 m!!! A vantagem é que árvore não anda!!! Árvores de grande porte são maiores que dinossauros!!!! Cuidado para não plantar um dinossauro em lugar errado!!!

Não devem ser plantadas espécies exóticas invasoras. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e a Convenção da Diversidade Biológica - CDB, "espécie exótica é toda espécie que se encontra fora de sua área de distribuição natural. Espécie exótica invasora, por sua vez, é definida como sendo aquela que ameaça ecossistemas, habitats ou espécies", comprometendo a sua estrutura e dinâmica. São mais competitivas que as nativas e se proliferam mais rapidamente e em maior quantidade. Alguns estados e municípios possuem portaria com a relação das espécies exóticas invasoras para a sua região, como Paraná e São Paulo. Maiores informações, verifique o site abaixo, do Ministério do Meio Ambiente.


Outra questão que deve ser observada, são as características das espécies. Como exemplo, o ficus (Ficus benjamina, Moraceae) virou moda, porém, é uma espécie africana de grande porte com raízes que se espalham por longas distâncias em busca de água....Quando plantadas dentro das cidades, irão procurar rede de esgoto, piscina, saúna, vaso sanitário, entre outros...Desta forma, antes de seguir moda, se informe sobre o porte e características das espécies para evitar danos ou incômodos futuros.

Para se ter o melhor benefício de uma árvore, deve-se considerar o gosto sim, de quem for escolher a árvore, principalmente, dentro de uma residência. A partir desta preferência, verificar o que é possível.

A internet é uma ótima ferramenta para se fazer busca, antes de plantar, procure informações sobre a espécie que se pretende plantar, de preferência, tire dúvidas com profissionais da área, como engenheiros florestais ou agrônomos ou especialistas em órgãos ambientais.
























quinta-feira, 18 de julho de 2019

Caracterização de tipologias vegetais para Plano de Manejo de Fauna em Aeroporto


Melhor forma de evitar conflito, é conhecer o problema e adotar medidas estratégicas e efetivas.

A fauna sempre esteve em todos lugares, chegamos depois. O conflito é certo, podendo gerar graves acidentes. No caso de aeroportos, aves dentro de turbinas podem ocasionar até a queda do avião. 



domingo, 14 de julho de 2019

Plano de Conservação de um remanescente urbano

Plano de Conservação de um remanescente urbano

Isolamento da área com remanescente urbano, remoção de espécies exóticas invasoras e atrativos para fauna.




domingo, 7 de julho de 2019

Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD

O objetivo deste Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD foi recuperação da camada superior do solo e redução da energia de escorrimento superficial da água da chuva, que levou a voçoroca na Área de Preservação Permanente - APP.









Quatro anos após a implantação do Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD





sexta-feira, 5 de julho de 2019

Cadastro Ambiental Rural - Fazenda em Cassimiro de Abreu, Rio de Janeiro, 2.594 hectares

Cadastro Ambiental Rural - Fazenda em Cassimiro de Abreu, Rio de Janeiro, 2.594 hectares.

Realizou-se a caracterização do uso e da ocupação do solo, considerando uso agrícola e pecuário, infraestrutura e a tipologia vegetal e estágios sucessionais dos remanescentes de vegetação nativa. O trabalho foi realizado através de visita na área e geoprocessamento.
  






quarta-feira, 3 de julho de 2019

Laudo fitossanitário de araucaria

Uma das araucárias encontra-se torta, com podridão na base, apresentando risco de queda no terreno onde esta plantada e no vizinho.

Deve-se observar o local de plantio em uma perspectiva tridimensional, considerando construções, fiações e tubulações. Árvores de grande porte atinge altura superior a 10 m, no caso destas árvores, estão quase 30 m.



segunda-feira, 1 de julho de 2019

Monitoramento de Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD

Monitoramento de Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD em Bosque Nativo Relevante, área urbana, Curitiba, Paraná. O PRAD foi implantado em agosto de 2017. Encontra-se com recobrimento do solo de forma progressiva e regeneração de espécies arbóreas nativas, além das que foram plantadas, confirmando a contribuição da fauna no processo.




sexta-feira, 28 de junho de 2019

Inventário florestal para execução de obras

Este trabalho tem sido muito interessante. A incorporadora está utilizando o inventário florestal como ferramenta para adequação da obra. Tem desenvolvido diversos estudos contemplando a localização e preservação do Bosque Nativo Relevante, conciliando com a execução da obra. Devido aos benefícios, como potencial construtivo, que a preservação de remanescentes nativos propiciam em Curitiba, Paraná, chego a conclusão que a preservação é mais viável. Desta forma, a obra estará alinhada a preservação do bosque.








Inventário florestal para execução de obras, Curitiba, Paraná

O alinhamento da obra com a preservação de Bosque Nativo Relevante, em Curitiba, gera benefícios, o proprietário recebe potencial construtivo, proporcional a área conservada. Além disto, de acordo com a porcentagem de ocupação do bosque, recebe desconto no IPTU.





Inventário de bracatinga (Mimosa scabrela, Mimosaceae), em uma área em Colombo - PR.