domingo, 2 de agosto de 2020

Execução de inventário florestal

Execução de inventário florestal
Finalizando o campo no meio da vegetação no entorno de rio, solo as vezes, bem úmido. Um maciço de cano de pitu (Escallonia bifida, Escalloniaceae), espécie que ocorre na floresta com araucária e na floresta atlântica, de São Paulo ao Rio grande Sul, muito melífera e utilizada para lenha.



segunda-feira, 29 de junho de 2020

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Inventário das árvores exóticas invasoras em rodovias do Paraná

Este foi um excelente trabalho. Amostramos todas as árvores exóticas invasoras na faixa de domínio da concessionária em rodovias federal e estaduais no Paraná.

Um dos resultados foi a publicação científica: EXÓTICAS INVASORAS NAS RODOVIAS BR 277, PR 508, PR 407, PARANÁ, BRASIL, Revista Floresta.

Disponível em: https://revistas.ufpr.br/floresta/article/view/32922/22779




quarta-feira, 6 de maio de 2020

O sabão caseiro feito pela minha avó e a sustentabilidade

O sabão caseiro feito pela minha avó e a sustentabilidade

Desde que nasci, eu, a Joema Carvalho,, sócio diretora da Elo Soluções Sustentáveis, minha avó faz sabão em casa e continua até hoje, mesmo tendo se mudado para apartamento e estando com 91 anos,
Existe um escambo com amigas, que fornecem ingredientes e ela devolve em sabão.
A família toda usa o sabão da vó Alzira Paccola, que aliás, é melhor do que qualquer detergente para tirar gordura.
Sem ninguém mandar ou ter conhecimento sobre "sustentabilidade", a vó Alzira faz sua parte.

O link abaixo, é um tutorial de como fazer sabão caseiro:


domingo, 3 de maio de 2020

Iniciando como colunista no Observatório de Comunicação Institucional - OCI


Eu, Joema Carvalho, engenheira florestal, sócio-diretora da Elo Soluções Sustentáveis, estou iniciando como colunista no Observatório de Comunicação Institucional - OCI. Estarei colaborando com textos pertinentes ao tema, mensalmente.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

EXTINÇÃO DE ESPÉCIES


EXTINÇÃO DE ESPÉCIES

                                                                                                                Joema Carvalho
Dra., engenheira florestal
Sócio-diretora da Elo Soluções Sustentáveis Ltda.

         A dinâmica de um ambiente natural é baseada na taxa de mortalidade e recrutamento, relacionada diretamente às competições intraespecíficas (entre indivíduos da mesma espécies) e interespecíficas (entre indivíduos de espécies diferentes) por recursos, como nutriente, água, luz e espaço, dentro de uma condição ambiental específica.
Estas competições mantêm o equilíbrio da população de uma determinada espécie, evitando o seu aumento, além da demanda de recursos disponibilizada em um determinado ambiente e, desta forma, impedem que uma espécie competidora, mais agressiva, chegue à condição de praga ou invasora, comprometendo a composição florística e a estrutura de um ecossistema.
Estas relações garantem o fluxo de energia, através da chamada cadeia trófica, onde estão denominados os produtores, que no caso são as plantas, seres vivos capazes de sintetizar o próprio alimento por realizarem a fotossíntese, os consumidores, espécies que se alimentam das plantas e de outros seres vivos e, os decompositores que atuam na decomposição de indivíduos mortos, os saprófitos, contribuindo com a ciclagem de nutrientes.
Eventualmente, quando os recursos se tornam escassos, sendo incapazes de atender a demanda de uma população de uma determinada espécie, pode ocorrer a extinção da mesma. Existem microrganismos que habitam poças em oco de árvores e, a partir do momento que estas poças secam, ocorre a extinção destes microrganismos. Uma espécie topo de cadeia, como os grandes carnívoros, precisam de uma demanda enorme de espaço e de outras espécies para a sua alimentação. Quando a disponibilidade destes recursos reduz, a população dos grandes carnívoros tende a diminuir, efeito direto no recrutamento e na mortalidade destas espécies.
Da mesma forma, as condições ambientais podem ou não ser favoráveis. Existem ambientes extremos como polo norte, polo sul e desertos, onde poucas espécies são tolerantes às suas condições características; ambientes adversos, com inundação periódica e manguezais, que também restringem a adaptação de espécies e, os propícios, favoráveis a uma grande maioria, sendo assim, com diversidade biológica mais alta.


Ao longo da história geomorfológica do planeta Terra, ocorreram diversos eventos atmosféricos e geológicos que atuaram na seleção de espécies, onde as condições ambientais tornaram-se adversas, comprometendo a demanda de recursos e, por fim, levando a extinção de diversos seres vivos devido a este conjunto de fatores. Quando a temperatura média do planeta aumentou, ocorreu o aumento do nível médio dos mares, intenso movimento tectônico gerando soerguimento de magma e, como exemplo, um dos eventos desta condição: à deriva continental. Por outro lado, em momento de redução da temperatura, a consequência foi o recuo marinho e aumento das áreas frias e / ou geleiras. Todo este movimento em sua condição extrema, levou a extinção de inúmeras espécies assim, considera-se que já ocorreram, cinco extinções em massa. Sendo assim, mudanças climáticas não são nenhuma novidade planetária.
No contexto presente, este conjunto de fatores continua atuando. A medição de forma sistemática dos eventos atmosféricos iniciou-se no início do século passado, apesar das modelagens e estimativas pretéritas, o controle destes eventos, é, por este motivo, complicado.
O grande questionamento é o quanto da interferência humana influência os eventos naturais planetários?
É evidente que usurpamos do planeta todos os seus recursos, não dando a chance da sua resiliência se processar, desrespeitando a sensatez e técnicas adequadas de manejo.
A espécie humana é capaz de habitar todas as condições ambientais possíveis, adaptabilidade invejável para as demais espécies que são tolerantes a uma determinada situação específica, nunca a todas. O macho humano está fértil todos os dias, a fêmea humana, mensalmente e não possuímos predador natural. Como agentes de controle populacional, tem-se catástrofes naturais, guerras, epidemias, doenças, violência, desigualdade social e trânsito. Indiscutivelmente, devido ao nosso comportamento, somos “alien specie”, espécie exótica invasora.
O território de ocupação humana encontra-se em processo de expansão, invadindo cada vez mais, remanescentes naturais, destinados a outros seres vivos. Considerando todos os recursos existentes, mais de 75%, são apenas para uma única espécie, no caso, a humana, desconsiderando-se as demais 700 mil estimadas.
Desta forma, o desmatamento ocorre em função da urbanização, industrialização, agropecuária, obtenção de recursos naturais, como água, gás, minérios, madeira, petróleo. Com a alteração do uso e ocupação do solo, ocorre a liberação de carbono estocado na matéria orgânica, áreas compactadas ou erodidas, com fertilidade natural reduzida, ciclo de nutrientes e hidrológico comprometidos, incidindo diretamente no fornecimento dos serviços ambientais, que influenciam diretamente a qualidade e a demanda de alimento e de água para humanos e para a biodiversidade, de um modo geral.
A melhor saída técnica é o zoneamento ecológico econômico, considerando capacidade de uso do solo e os princípios da sustentabilidade, no caso desenvolvimento econômico, ambiental e social. Sabe-se que os serviços ambientais são imprescindíveis a vida humana, como exemplo, 75% das essências florestais e agrícolas dependem da polinização para a sua produtividade; minérios e energia (petróleo, gás, ferro, estanho, água), são recursos para a produção e movimento de veículos, maquinários, meios de comunicação, ou seja, o que move o mundo. A penicilina vem do fungo Penicillum, remédios para pressão alta, são obtidos a partir do veneno de cobras, todos os princípios ativos são extraídos dos recursos naturais.
O princípio dos três “R’s”: reduzir, reaproveitar e reciclar, é bem simples e fácil de ser empregado dentro de residências, empresas e indústrias. Infelizmente, é comum o desperdício da água quando a mesma escorre enquanto esquenta no banheiro ou na pia ou para lavar vegetais gerando perda ambiental e econômica e, se fosse estocada, poderia ser reutilizada. Poucos condomínios e cidades realizam a coleta seletiva e quando fazem, pequena porcentagem de moradores contribui com a separação dos resíduos. Indo mais além, já se considera o princípio dos 7 R's, ou seja, além dos anteriores, repensar, reeducar, recusar, reintegrar, tornando o sentido mais amplo e responsável o qual, se alinha aos pilares mais elevados dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS, que são, além do social, ambiental e econômico, a educação, a cultura e a qualidade de vida e / ou bem estar. 
Ponto positivo, a economia circular é crescente, tendo como princípio a utilização dos resíduos ou lixo como recurso ou matéria prima. Neste contexto, atualmente, grandes empresas e bancos nacionais e internacionais realizam altos investimentos em novas tecnologias, visando ao atendimento de acordos e políticas de sustentabilidade e redução da emissão dos gases de efeito estufa.
É importante a consciência de que, o que faz bem para os humanos, é bom para a natureza. Alimentos enlatados, embalados, contém conservantes e outras substâncias comprovadamente cancerígenas e contribuem muito com a quantidade de resíduos. Vegetais produzidos fora da época natural, exigem grandes quantidades de agrotóxicos, o que, comprovadamente, é maléfico para a saúde humana. Embalagens e insumos químicos derivam ou exigem grandes quantidades de recursos naturais, por exemplo energia e água, durante todo o seu processo de produção.
Remanescentes naturais e arborização dentro de cidades, melhoram a qualidade de vida e reduzem a poluição atmosférica. Considera-se também que a vitamina “N” (natureza) é fundamental para a saúde humana, assim como “banho de floresta”, comprovando a relação da nossa sustentabilidade aos ambientes naturais.
Todo ser vivo utiliza recursos durante o seu ciclo de vida. O problema do humano é que, devido às suas habilidades, se expandiu demais. Como completo de sua evolução, falta incluir um padrão mais educado, saudável e refinado de vida consciente, que respeita as demais formas de vida, recursos e ciclos naturais.